Na passagem desta vida para a outra...
Anteontem, dia 26 de junho de 2006, minha avó materna subiu para o mundo sem-sofrimento... Ontem, no ritual budista de passagem, o monge nos remetera a essa reflexão... de como vivemos e como viveremos.
Diz o ensinamento budista que ao recebermos a vida neste mundo terreno, carnal, material, temos alguns sofrimentos pelos quais passaremos, sim, sem escapar, e que estas nos servem de ensinamento para que possamos evoluir enquanto seres humanos em sociedade, vivendo com o maior respeito/civilidade possível para com nossos pais, familiares, convivas. E que a partir do que conseguimos fazer em vida, poderemos usufruir na extensão dela ao passarmos para o mundo espiritual.
Isto bem se parece também com a teoria dos espíritas de que a morte é nada mais do que a desmaterialização do nosso corpo e passagem para o mundo espiritual, de onde continuaremos nossa missão, de acordo com o que fizemos ou vivemos neste mundo.
Poder enxergar a morte dessa forma é um pouco mais confortante e um pouco menos doloroso, mas o fato é que é tão difícil não se deixar tomar pela emoção da difícil despedida. Ela era a mãe da minha mãe e pensar como a minha mãe estava consternada pela perda da mãe, era imaginar como seria eu perdendo a minha... Meu Deus! Que Desespero! Um desespero pelo qual nada se poderia fazer... Só nos restou sermos solidários com todos porque todos ali sentíamos o mesmo vazio, a mesma tristeza, o mesmo vácuo deixado por ela, nossa avó tão querida, tão apaixonada pela vida, tão saudável que aos 93 anos nem tinha muitas rugas pela face, tinha a pele sedosa, lisinha, um amor pela família que não tinha tamanho...
Ai... que saudades já tenho dela...
Te amo, vó!
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