O Esvaziamento das Máquinas Automáticas... (Book Vending Machine) das estações do Metrô
****Book Vending Machines at São Paulo Metro Stations****
Dia desses, observei em várias estações do Metrô daqui de Sampa, que andaram esvaziando os livros que estavam sendo expostos e vendidos nas máquinas automáticas.
Sim! Finalmente quando pensei que em nossa terra já tínhamos civilização e cultura suficientes para implantar essas fantásticas máquinas automáticas de vender-qualquer-coisa vendendo livros, outrora eu ficara muito satisfeita, pensando: como nos países de primeiro mundo, vende-se livros em estações de trem, sinal de evolução de formação e mentalidade crítica!
E pasme o leitor que pensa que ali se vendia coisas folhetinescas... não! Já vi expostos ali livros compactos de filosofia, como O Príncipe de Maquiavel, Dostoieviski, passando por manuais de auto-ajuda, mini-guia-do-Orkut, e até coisas maravilhosas de história medieval como Os Templários... E tudo isso vendido ao preço módico de R$4,99. Sim, cinco reais menos um centavo! Um preço irrisório para o consumo costumeiramente tão caro de cultura.
Eu mesma já me servi de comprar livros nessas máquinas. Insere-se uma nota de cinco reais; acendem-se os botões com números de 0 a 9; aperta-se o número correspondente ao livro desejado; pronto! E o livro cai no vão inferior, onde o consumidor põe a mão e apanha o livro. Detalhe: na capa do livro já vem uma moedinha de um centavo de real colado com fita adesiva... vem com o troco! E vem inclusa uma embalagem para presente. Maravilha! Que fácil!
Hoje, na verdade nessa semana, observei, então, que tais máquinas automáticas foram todas esvaziadas. Pensei: será que vão reabastecê-las com outros novos títulos? Êbaa! Ou será que vão recolher as máquinas todas?
Lamentarei muito se forem retirar. Porque eu já vi várias pessoas, como eu, que enquanto esperam o trem na plataforma, resolvem se distrair um pouco, nutrindo a massa encefálica com uma sopinha de letras. E compram os livros. E tudo muito automático, prático e barato.
Será que isso é o reflexo do besteirol que o "4-dedos" recentemente teve a capacidade atroz de proferir: "ler é muito chato!"... Onde já se viu? Que futuro esperar de um país cujo governante pensa que "ler é muito chato"?? Ainda que ele pensasse, jamais deveria ousar dizer isso em público!
Pensem bem... para que nesse domingo, dia 1/out/6... um apedeuta semi-analfabeto não seja novamente investido de poder para contaminar com burrice, ignorância e preguiça, a mentalidade da pobre e perdida sociedade brasileira.
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