quinta-feira, janeiro 26, 2012

O Frescor da Garoa Paulistana

Este mês de janeiro chuvoso não é fácil, certo?

Eu tenho que caminhar todos os dias, pelo menos 30 minutos, e o faço, mas gosto mais de caminhar um trajeto diferente a cada dia, então eu invento compromissos para poder fazer um percurso a pé diferente a cada dia.

Hoje saí do hospital no final da tarde, e resolvi que ia caminhar dali da Liberdade até a Consolação, via Vergueiro, 13 de Maio, Pça Oswaldo Cruz, Paulista até o fim. Isso dá uns 3km mais ou menos.

Aí vem a coisa gostosa: caía uma garoinha bem leve, mas o povo já abria guarda-chuva. E eu, detesto abrir guarda-chuva ou carregar guarda-chuva. Nem preciso dizer que nem tinha levado na bolsa, mesmo sabendo da previsão do tempo. Saí caminhando na boa...

Quando estava no início da Avenida Paulista, com aquele calçadão largo e generoso, a garoa fina era linda ao vê-la contra a iluminação. Uma sensação tão boa, tão gostosa de lavar a alma.

Desde que tive o diagnóstico do tumor, cada coisinha boba da vida, como por exemplo, a garoa, passou a ter um sabor especial. Quando cai a garoa, olho pra cima e mentalizo: "Obrigada por estar viva para apreciar a garoa!" Uma simples garoa tem um valor especial para mim.

E assim caminhei feliz de ponta a ponta da mais paulistana das avenidas.

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