quinta-feira, janeiro 26, 2012

O Frescor da Garoa Paulistana

Este mês de janeiro chuvoso não é fácil, certo?

Eu tenho que caminhar todos os dias, pelo menos 30 minutos, e o faço, mas gosto mais de caminhar um trajeto diferente a cada dia, então eu invento compromissos para poder fazer um percurso a pé diferente a cada dia.

Hoje saí do hospital no final da tarde, e resolvi que ia caminhar dali da Liberdade até a Consolação, via Vergueiro, 13 de Maio, Pça Oswaldo Cruz, Paulista até o fim. Isso dá uns 3km mais ou menos.

Aí vem a coisa gostosa: caía uma garoinha bem leve, mas o povo já abria guarda-chuva. E eu, detesto abrir guarda-chuva ou carregar guarda-chuva. Nem preciso dizer que nem tinha levado na bolsa, mesmo sabendo da previsão do tempo. Saí caminhando na boa...

Quando estava no início da Avenida Paulista, com aquele calçadão largo e generoso, a garoa fina era linda ao vê-la contra a iluminação. Uma sensação tão boa, tão gostosa de lavar a alma.

Desde que tive o diagnóstico do tumor, cada coisinha boba da vida, como por exemplo, a garoa, passou a ter um sabor especial. Quando cai a garoa, olho pra cima e mentalizo: "Obrigada por estar viva para apreciar a garoa!" Uma simples garoa tem um valor especial para mim.

E assim caminhei feliz de ponta a ponta da mais paulistana das avenidas.

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quarta-feira, maio 04, 2011

Renascimento

Obrigada, gente, por tanta força emanada de tantos seres tão carinhosos e amorosos que são vocês!

um beijo e um abraço bem apertado!

sexta-feira, novembro 19, 2010

Muito obrigada, papai!




Hoje ganhei mais um prêmio de reconhecimento de trabalho. Tenho mantido boa média, 6 prêmios em 6 semestres. Só que hoje, mais do que em outras vezes, refleti muito e resolvi dedicar o mérito do prêmio sobretudo aos meus pais, que nos deram toda a educação e a formação ética e profissional, e principalmente meu pai com quem trabalhei desde os 4 ou 5 anos de idade, vendo-o na lida árdua, diária, sob chuva, sob vento, minhas memórias são sempre as de vê-lo dar a vida pra nos dar do melhor. Eu ia junto com ele para a feira, aos finais de semana, subia num caixote de madeira e me encarregava da cobrança, de dar o troco. Aos 5 ou 6 anos de idade, eu sabia dar troco para qualquer valor, num tempo e numa circunstância em que não utilizávamos computador, caixa registradora, e nem calculadora. Tudo na raça. Ao mesmo tempo, via como ele treinava seus funcionários e exigia deles o máximo de dedicação, ele sempre muito crítico. Como eu queria agradá-lo, eu também me mostrava o mais dedicada possível, para ser a melhor funcionária de meu pai.

Devo fazer um parênteses (num parágrafo), contando que na semana passada, no feriado de Veteran´s Day, tomei um ônibus em Santo André, indo para a Av. Paulista, e o motorista me reconheceu dizendo meu nome. Logo reparei nele e lembrei-me que foi um dos funcionários que mais tempo trabalhou para o meu pai. Ele ficou tão entusiasmado em me encontrar, e logo disparou: - Queria que você dissesse ao seu pai e à sua mãe, que eles foram os meus melhores patrões. Eu era jovem, não tinha juízo, não era conhecido deles, mas eles confiaram em mim, e eu digo isso porque sou negro e só eu sei como era difícil arranjar emprego por ser negro, e no entanto seus pais confiaram em mim, me ensinaram a trabalhar, por muitos anos ficava encarregado de tantas coisas na ausência momentânea de algum deles. E hoje posso afirmar que tenho orgulho de ser quem sou, que sou excelente e honrado trabalhador, e tudo isso graças aos ensinamentos que seu pai e sua mãe me deram quando fui funcionário deles." Isso encheu meu coração de orgulho. Pedi-lhe para registrar o reencontro com uma foto dele, para que eu pudesse mostrar aos meus pais. Hoje em dia, o Jair já é um senhor de 50 e poucos anos de idade. Pai de família, avô, trabalhador honrado. Fiquei feliz por ele ter me falado aquelas coisas sobre o meu pai.

Meu pai sempre teve mãos de ferro para nos orientar. Tudo nos trilhos. Estudos em primeiro lugar. Trabalho é coisa para se fazer sempre o melhor, com ética e honestidade, também dedicação integral.

Nunca achei ruim, muito pelo contrário, eu sempre soube que estava recebendo o melhor dele.

Hoje quando subi naquele tablado pensei no meu pai. Obrigada, pai!

quarta-feira, setembro 08, 2010

Esse tal de futebol... só me traz alegriassss!!!

http://www.youtube.com/watch?v=5_SR9HcJKl8

Plena quarta-feira de futebol, confesso que ultimamente cada vez mais disposta a acompanhar tudo quanto é jogo, mais ainda do meu querido tricolor paulista, devo estar com falta do que fazer na vida... dizem-me alguns.

Mas esse dia merece um registro. E foi especial.

Um amigo que já conheço há muitos anos, uns 3 acho, flamenguista, me disse poucos minutos antes do horário do jogo:

- Nao quis ir ao Morumbi pra apanhar hoje?

- Que? Apanhar? Quem vai apanhar? Vocês que vão tomar uma sacolada de nós...

E caímos na gargalhada, como sempre tem sido nossa atmosfera amigável, e principalmente quando se trata de tirar o sarro do rival de time... Nada tão contra o Flamengo assim, mas... jah que ele não gosta do SPFC, então eu opero com reciprocidade...

O jogo não foi televisionado em rede aberta, que transmitia outro jogo, então eu ouvia o radinho enquanto estava no chuveiro. Final de primeiro tempo, 2x0 para o SPFC e o Flamengo tem um atacante expulso.

Eu vibrava! É hoje! É hoje que a gente dá o troco daquele jogo que eles nos derrubaram na Libertadores, que ainda entala na garganta. Não me aguentei e liguei pro meu amigo.

- Viu? 2x0 e vocês com um atacante a menos... E se brincar, toma mais até o final...

Ele nao acreditou e lançou um desafio:

-Aposto um castigo que você pode aplicar em mim se o Flamengo não virar o jogo...

Daí pra frente o diálogo ficou inapropriado para publicação... ahahahahhaha

Quem diria que, um amigo com quem eu convivo com certa frequência há tanto tempo, que eu sempre admirei, até confesso que "suspirava" secreta e respeitosamente, um dia expressaria a mim aquele tanto de coisas que eu jamais imaginaria, ainda mais advindo de um momento de jogo de rivais de futebol...

Foi muito divertido, é o que eu me limito a registrar. Damos muitas gargalhadas todos os dias desde então. Esse futebol... só me traz alegrias!

terça-feira, junho 01, 2010

Emocionante. 2 - O casamento da Monica


"Emocionante" foi pouco. Foi um dos mais belos espetáculos a que já vi, sem exageros. Não é porque era de minha irmã, mas foi uma das cerimônias de casamento mais belas que já presenciei. Sim, era porque era de minha irmã, sim, nossa irmãzinha caçula, que vimos nascer, que cuidamos, que era tão pequenina... casou-se no domingo! Como o tempo voa!

Eram tantos detalhes que eu não saberei enumerá-los, mas o "mensageiro" tocando a Marcha Nupcial no trompete foi o climax. O Fausto carregava em seu bolso um lenço de papel que eu lhe entregara antes de nossa entrada como padrinhos. Na hora da Marcha, com a entrada da Monica, não aguentei - e ele perguntou sutilmente:







- Quer o lenço?


A cerimônia que se seguiu foi ímpar. Nossos pais, irmãos, cunhados e todos os nossos familiares e amigos estavam todos atentos, convergidos naquele momento tão especial. A Monica, sempre tão alegre e espontânea, toda extrovertida, não foi diferente mesmo num momento tão peculiar: estava radiante, sorridente, falou sua parte no discurso com voz altiva, tom alegre, era a minha irmãzinha feliz de sempre!

Ver aqueles que amamos, felizes, realizando seus sonhos... não tem preço!

E hoje, 1/jun, aniversário dela: "Joyeux Anniversaire!" - celebrando aniversário-e- lua-de-mel em Paris!
Agora, olha o detalhe desta foto: o pajem é primo do Fabrício e a daminha é nossa sobrinha, a Fabiana, a cena por si só é comovente, não?

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sexta-feira, maio 28, 2010

Emocionante. 1

Today I experienced one of my most emotional and happiest moments in life. One friend said he needs to confess how important it was one story I told him quite sometime ago. I listened to him attentively. In the end, he said, ´I want to thank you for having told me that story, because somehow I felt better, and I realised that I was not the only one to see things that way'.
I felt like crying in motion. Those confessional words made me feel like our friendship is really worth living!

sexta-feira, maio 21, 2010

* fin de cycle *

Hoje marca o fim de um ciclo: transição para um novo trabalho, novos desafios, despedindo-me de velhos sentimentos...

Foi uma semana boa, intensa, cheia de decisões importantes e notícias retumbantes. Decidi fazer um mestrado na área de relações internacionais, e já me informei sobre os requisitos, e já me pus a preparar-me para o exame de proficiência de idioma e me debruçarei sobre o projeto daqui até setembro, data prevista para o início da seleção. Setembro é também o mês em que meu herói, ícone, objeto de meus sentimentos passados, irá embora, para sempre. Para sempre não existe? Não sei, pelo menos foi assim que ele me deu a notícia durante uma refeição. Fiquei feliz por ele, e aliviada por mim. Aliviada, mais do que triste, porque assim vejo que o destino se encarregou de desenhar nossos caminhos, que doravante se descruzam. Mas sou muito grata a ele, que me incentivou tanto durante o processo seletivo desta minha nova posição, me ajudando com um brainstorming de quatro horas debruçados sobre papéis, perguntas, cafés e sorvetes. Ele ficou visivelmente alegre com o resultado.

Novos horizontes já se vislumbram: um appoach simpático, amigável, de planos de fim de semana, vindo de um amigo muito simpático, bem-humorado, todo caloroso, que me deu mil abraços no dia da minha festa de aniversário e ainda o repetiu no day after, em que veio caminhando em minha direção de braços abertos, dizendo: "Ei, muito obrigado por ter me convidado para o seu aniversário, fiquei tão feliz!" E no afã de abraçar logo, mal tive tempo de levantar-me da cadeira, para dar um abraço apropriado, e ele acabou por abraçar minha cabeça e esta foi parar sob sua axila esquerda... tem coisa mais hilária? ahahahahahahahahaahahahaha

sexta-feira, abril 23, 2010

O valor de um "Como está sendo o seu dia hoje?"

as John Legend sings...

It gets harder every day / But I can´t seem to shake the pain / I´m tryna find the words to say / Please stay / It´s written all over my face / That I can´t / Function the same when you´re not here ...

I still can´t believe you found somebody new / But I wish you best / I guess...

´Cause everybody knows, but / Nobody really knows / How to make it work / Or how to ease the hurt / We´ve heard it all before / And everybody knows / Just how to make it right / I wish we gave it one more try / One more try...

Me peguei pensando...

como sinto falta de nossas conversas tão interessantes...

como sinto falta de admirar tanta inteligência...

como sinto falta de olhar naqueles olhos lindos...

como gosto de ver aquele sorriso tão sexy...

E hoje,

ao ouvi-lo me perguntar:

"Como está sendo o seu dia hoje?"

senti o quanto eu gostava de quando ele me perguntava isso ao final de um dia árduo ou mesmo durante algum momento do dia. Também sentia tanta falta de lhe fazer a mesma pergunta, de saber como foi o dia dele, numa interação sempre muito acolhedora e aconchegante. Pensei o quanto eu sentia falta disso, mais do que todos os nossos longos papos e divertidos passeios!

O nó (na garganta) ainda não se desfez. E a cada vez que o vejo, é uma sensação kaleidoscópica, uma tontura inebriante, é uma sensação de que as pernas perdem a firmeza e a articulação, sem falar na ausência das palavras que somem todas, que me dá um suadouro, me dá falta de apetite... e paradoxalmente um certo torpor que me imobiliza corpo e mente.

Ouço o álbum "Evolver" do John Legend intermitentemente. Foi uma das minhas melhores aquisições de CD dos últimos tempos! Fones de ouvido, volume ensurdecedor reforçando os graves dos deliciosos R&B e olhando pra janela, pro teto, pro nada, e uma vontade imensa de não fazer nada! Nada no bom sentido. Porque para uma otimista, como eu, o nada muitas vezes é mola propulsora para muita coisa.

domingo, abril 18, 2010

Dedicando uma música...

John Legend ft. Estelle - No Other Love

No other love, no other touch

Gimme gimme oh so much

Turn me on, turn me on

Won´t you please get out of my head

Get back into my bed now, come kiss me, come with me

Cuz I can´t hardly sleep without you, can´t stop thinking about you, girl

I want you, I need you

(chorus) And I´m ready for love, I´m ready for us to lose control, oh you know and I know there´s

No other love, no other touch, gimme gimme oh so much, turn me on, turn me on

No other kiss, no one like this, feelin´ that I can´t resist , turn me on, turn me on

I´ve had my share of lovers, but there is no other girl,

You´re special, now let´s go

´Cuz now I want you more than ever, I want to do whatever now,

To keep you, I need you

(chorus)

(Estelle:)

I said you´re turnin´me on now, said you´re turnin´me on, said you´re turnin´me on

from your smile to your lips to the words of the song

I know I used to say I was too young, now I´m grown up

But I got you when you need that strong, real goody, good lovin´

Stevie Wonder said it´s been so long, and I´ma give it if you need it

Are you ready to receive it?

Boy, I wanna give you some love, I wanna give you some love and affection, you got my attention

(chorus)

Enquanto caminhava no parque e ouvia esta música, só pensava nele, nas nossas longas conversas que desfrutamos por tantas vezes, por tantas horas, com tantas gargalhadas, tantas identificações e tantas compreensões. É disso que mais sinto falta. E todos os dias sinto falta do nosso "como está sendo seu dia?" ou "como foi seu dia hoje?" Era tanto carinho, tanta amizade, tanta coisa boa!

terça-feira, abril 13, 2010

Nada melhor do que um curso p´ra preencher esse vazio...

No sábado, depois de ter almoçado no Moema Natural Canoa Quebrada, aquele ótimo restaurante que fica na Alameda Arapanés, de comida natural, tãaaao saborosa quanto saudável, resolvi me inscrever no curso de culinária natural oferecido pela chef deles, que duraria três dias: hoje, amanhã e quinta. Mas, pena que o curso foi cancelado, ai que frustrante! Eu tentei...

E justamente esta semana minha aluna está viajando e não temos aula à noite. Se o curso de culinária estivesse vigorando, ia ser tão bom para preencher o tempo com coisa útil, só para espantar o grande vazio que reside em mim, devido à grande tempestade.
Bom, daí tive um insight: retomar os treinos de discotecagem lá no RAP Studio, com o DJ Akeen. Desde que fiz o curso de DJ, pratiquei muito pouco. Isso mesmo! À tarde, dei uma passadinha lá. Reservei horário de treino para amanhã, e estou muito ansiosa! Vai ser tão bom me ocupar com um hobby tão maravilhoso que é a música!

Assim, pelo menos, me distraio e tento não pensar... na tempestade que derrubou meu castelinho de areia.

Ontem foi duro demais de noitinha. Chorei pela segunda vez.

domingo, abril 11, 2010

O clássico San-São ao vivo!


Hoje foi tão emocionante! Meu primeiro clássico, São Paulo x Santos ao vivo, pelas semi-finais do Campeonato Paulista, no Morumbi. Cheguei no horário, movimentação no entorno bem tranqüila, setor Visa bem estruturado, foi ótimo!

Primeiro jogo em casa, perdemos nos últimos minutos do segundo tempo, 3x2, mas foi honroso o SPFC, que perdia de 2x0, ter ido buscar o empate no segundo tempo, estando com 1 jogador a menos, expulso ainda no primeiro tempo, o Marlos. Próximo jogo na Vila Belmiro, temos que tentar ganhar por 2 gols de diferença. Batalha dura, mas não perdida, vamos lá, SPFC!!!!


O mais delicioso de assistir ao jogo ao vivo é a emoção da reação imediata aos lances, a "vibe" da torcida, os coros, o hino nacional, o hino tricolor, o coro do time adversário (que, merece uma menção especial, pois, apesar de numericamente inferior, a torcida santista fez barulho bonito), enfim, só quem vai ao vivo sabe o quanto é emocionante um jogo ao vivo no estádio.
Sem incidentes, tudo na calma, um clássico de tirar o chapéu. Jogo de raça de ambos os times, talentos de sobra em campo, determinação, gol contra... Tudo valeu a pena!

sábado, abril 10, 2010

Dia produtivo.

Nada como um dia bem produtivo para que a mente não se ocupe de tanta coisa chata.

Levantei bem cedo, mas cedo mesmo, fui ao hipermercado pagar conta de luz e celular, levei 2 pares de sapatos para reparos na sapataria, caminhei vinte mintuos até a padaria, tomei um bom e reforçado café-da-manhã com sanduíche natural e frutas; depois fui ao parque caminhar por mais duas horas e meia com uma amiga. Combinamos que logo mais estaríamos lindas a fazer compras de sapatos numa região aqui recheada de outlets. Fomos! Ela comprou um sapato lindo, num preço muito atraente. Eu comprei uma bolsa linda! Almoçamos juntas. No restaurante em que almoçamos, descobri um curso de culinária de comida natural fabuloso! Serão três dias nessa semana que entra! Fiquei super animada! (Ainda por cima o jantar está incluso nos três dias e a comida lá é ma-ra-vi-lho-sa! Uma das melhores de culinária natural da cidade!) De lá, fui para Perdizes com minha amiga. Depois, para a V.O. encontrar mais amigas! Eeee programinha de meninas! Agora faremos caldo verde na casa de uma delas.

Amanhã tem jogo. San-São no Morumbi! uhuhuhuhu

Que alívio! Dia sem dor.

segunda-feira, março 29, 2010

Life...

Life is a roller-coaster!

terça-feira, março 23, 2010

Simply The Best



You´re simply the best
better than all the rest
Better than anyone
anyone I´ve ever met
I´m stuck on your heart
I hang on every word you say
Tear us apart no, no, baby,
I would rather be dead

J´ai pu constater avec l´expérience que j´ai aqquisse tout au long de "la conferénce" aujourd´hui.

Passion UnDeR CoNsTrUcTiOn


aujourd´hui
sugoku sobani ita
gli stessi occhi
c´est très sexy
so masculine
so charming
felt like holding
in secret desire


Mar.22´10

by betty

sexta-feira, março 12, 2010

Tudo por uma canja de galinha...


São 2:39 da sexta-feira, acabo de voltar do hipermercado para comprar um maço de coentro.

Já na alta madrugada, eu quis cozinhar uma canja de galinha, cuja receita disponho aqui:
1/4 de cebola bem picadinha, refogar em 1 colher de sopa de óleo;
100g de frango picado em pequeninos pedaços, juntar à cebola que vai dourando na panela;
1 cubo de caldo de galinha light;
1 cenoura média, também picada em pequenos cubinhos, a ser juntada ao frango e à cebola;

Tão logo a cebola, o frango e a cenoura fiquem levemente refogados, acrescentar água mineral (cerca de 1,5 copo) e 2 colheres rasas de arroz japonês (que fica mais macio).

Aguardar fervura, baixar o fogo e esperar cozimento até que o caldo fique em ponto viscoso.

Tão logo baixei o fogo, dei falta do meu temperinho favorito: o coentro!

Saí ao hipermercado (ainda bem que tem o Extra 24 Horas ao lado do meu prédio) e fui comprar 1 macinho de coentro.

Tudo isso por uma canja de galinha.

Tudo isso por uma canja de galinha para mim, e também para você, que tá todo dodói, com início de gripe, que se queixou que com a gripe ficaria com uma irritabilidade maior... (Adorei que tenha me avisado!)

Fiquei com vontade de levar-lhe a canja amanhã, então já pronto, envasei-o em um potinho plástico de fecho hermético. Levarei também o coentro picado. Para complementar, vitamina C pura e natural da laranja lima, uma fruta que eu aposto que você ainda não experimentou!

Uma boa noite de um sono reparador!

Que venha a sexta-feira!

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terça-feira, fevereiro 16, 2010

A sós com meus botões...

Quando criei este blog, prometi a mim mesma que eu postaria reflexões aleatórias, mas só as positivas, pra cima, com energia boa, estórias boas... Isso não quer dizer que a minha vida seja permeada apenas por estas, mas apenas queria evitar de fazer um desabafo triste aqui...
Hoje será inevitável. Hoje, se eu não linearizar meus pensamentos, vou explodir.
Tentarei poupar tantos quantos eu puder, o máximo que eu puder. Vou registrar aqui apenas a filosofia em si, a situação, omitirei o nome dos bois, pois isto se bastará ficando em minha memória, por pouco tempo, se Deus quiser, pois minha memória é volátil para várias coisas chatas...
Ultimamente vinha suspeitando de atitudes superficiais, sem consistência, de pessoas que tinham uma atitude (performática) de "amigos". Num primeiro momento, a gente quer acreditar naquela "sinceridade" (!) de "amigos", em que se compartilha segredos, tristezas, fraquezas, pequenas felicidades, e eu sou das que doam tudo de cara, sem suspeitar que aquilo um dia poderá vir a ser um equívoco.
Pois bem, não foi apenas 1, diria com certeza 2, quiçá 3? Triste e decepcionante é ter confiado seus melhores e mais preciosos segredos. E disto a pessoa fazer proveito para agir contra nós, fazendo aquilo que vc um dia confessou que era algo mais temido.
Ichiban hagaiinowa nanto yuujinto iwayuru monoga totsuzen watashiga kono sekaide ichiban kowaimonono hanashiwo itta ato, nanto, watashino kimochiwo mattaku mushishi, sarani kitto sorewo kanaitaitoiu kotowo menomaede iiagarundakara.
Gakkaritoiu kimochiga watashino kokoroni umiatteiru. Naze sonna hitotachiga watashitachino yononakani watatte kuruno daroo?
To tetteiteki omou.
Comme tout sentiment, l´ammitié n´est exempte ni de conflits ni de ruptures. Jalousie latente. On savait tout de moi et c´était une arme redoutable. Me manque de confiance.
Diâ ta sai, noti ta entra, N ka ta tra es pensaméntu di kabesa. N stâ trísti, mâ m´inxinádu tâ andâ. Ami, góra, n ta kume uns banana (N ka kre banana). N ka kre papia ku ningen.
This will all be gone soon, I´ll pray for it.

domingo, dezembro 20, 2009

Grata surpresa: uma criança dando bom exemplo a adutos!

Grata surpresa!

Nesse final de ano estamos atrasados em pensar como faríamos o nosso amigo secreto familiar. Houve sugestões, o povo queria apimentar, fazer algo diferente dos outros anos, e dentre as idéias surgiu o tal “amigo ladrão”, em que se rouba o presente q outro ganhou. Eu particularmente desconhecia esta modalidade.

Eis que discutíamos ontem à noite, num jantar, como poderíamos fazer nossa troca de presentes, sem nada ficar decidido ao certo. Hoje cedo, quando estávamos eu e minha irmã com minha sobrinha Faby, de nove aninhos, ela diz:

- Tia, eu acho errado esse negócio de “roubar presente”. Roubar é feio. E principalmente no espírito do Natal em que precisamos fazer o bem, como vamos “roubar” o presente do outro? E se eu gostei do presente que ganhei? Daí vem outro e me “rouba”? Eu não acho isso legal.

Ficamos boquiabertas com a consciência filosófica de nossa pequena sobrinha.

- Isso mesmo! Bom argumento! Nada de roubar presentes! Vamos fazer um sorteio normal e simples, nada de amigo-ladrão. – concluímos.

Fiquei gratamente surpresa e muito satisfeita com a educação que nossa linda sobrinha Faby está absorvendo e multiplicando. Isso mesmo, Faby! Roubar é feio! E parabéns por dar esse exemplo de consciência filosófica aos adultos!

Feliz 2010!

Que no novo ano, de preferência, tenhamos menos roubos, menos corrupção, menos hipocrisia, menos coisas ruins na humanidade...

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Ano Novo - Babações de uma neta...

Hoje almocei na casa do meu avô. Meu único avozinho vivo. Ele tem 97 anos e logo completará 98. Mais magro e mais pálido desde a morte da minha avó no ano passado, ele não mais tinge os lindos cabelos brancos de sabedoria. Mas continua com seu espírito jovem e demonstrando sempre seu grande amor pela vida.
Então em certo momento do almoço, ele trouxe seus badulaques de mágico. Sim, eu já comentei aqui no blog que ele faz mágicas nas festas da família... Então... ele é demais! Para mim, as suas mágicas que nós, netos, já conhecemos há pelo menos uma década ou mais, continuam tendo a mesma doçura de um número inédito. Eu continuo a me emocionar e a ficar boqueaberta em tudo o que ele apresenta. E aplaudo com alegria, com entusiasmo! E hoje em dia, ele já tem seu público de bisnetos que o aplaudem com alegria e paixão. Com essa mesma paixão eu o admirava quando era neta pequena, ainda, no interior, e ele brincava de basquete conosco. Ele já tinha seus sessenta ou quase setenta, e sempre que íamos pra casa dele no interior, ele brincava de basquete conosco.
Cresci gostando da vida por ter aprendido com ele como é bom amar viver!
Obrigada, vô, por mais esse Ano Novo cheio de magia e alegria!

Ano Novo e "Dois Filhos de Francisco"

Há tempos, desde que esse filme fora lançando, muitos amigos haviam me dito que o filme era emocionante. Me intriguei, mas confesso que não tinha até hoje tido iniciativa de ir assistir no cinema ou alugar em DVD.
Hoje, em primeiro dia de novo ano, resolvi ficar em casa e assistir ao filme pela televisão.
Impressionante! Emocionante! Cativante! Eu não pisquei nem um minuto sequer. Agora entendo por que de tanto sucesso de crítica e de público. Confesso nunca ter lido sobre a biografia de Zezé di Camargo e Luciano, mas após ter assitido ao filme biográfico, revi meus conceitos sobre duplas sertanejas de sucesso. No caso deles, além do talento e da perseverança, há a figura adorável e cativante do Seu Francisco, que é maravilhosamente interpretado pelo fabuloso Angelo Antonio que comove demais, e que é decisivo na propulsão da carreira dos dois filhos, que na realidade, poderia se chamar "três filhos", já que um terceiro irmão é o homenageado de forma tão bonita e emocionante. O "Seu" Francisco verdadeiro aparece ao final, junto com os verdadeiros Zezé e Luciano.
Chorei copiosamente, sem nenhuma vergonha de confessar isso. Pode achar piegas, o que quiserem, mas decidi no meu primeiro dia de novo ano que darei ainda mais valor aos sentimentos simples, de amor, de admiração, de conseguir expressar mais vezes a mais pessoas... "eu gosto", "eu admiro", "eu amo", e me tornar um ser humano menos complicado.
Precisava muito registrar essa minha emoção, hoje.
Esse ano não quero mais falsas pessoas, dissimulados seres, gente que finge ser o que não é, gente que come mortadela e quer arrotar caviar, chega! No ano que passou e que me fez calar, alguns saberão, deveu-se a pequenos traumas de encontros e desencontros com seres humanos com esse perfil apavorante: fingidos, covardes, dissimulados, gente que quer ser o que não é, quer ostentar o que não tem, diz que é uma coisa quando é outra, gente interesseira, enfim... Ainda bem que o ano passado já passou, acabou! Ufa! Agora é ano novo, vida nova, sentimentos novos, afetos simples, pessoas menos complicadas na minha passagem.
Muitas reflexões - aleatórias ou não - espero poder trazer cá!

Ano Novo - Babações de titia Betty

Um dos momentos mais marcantes para mim, como tia, nesse primeiro dia de Ano Novo, 1/jan/2008, foi quando eu decidi dormir na casa do meu irmão, pai da minha única sobrinha: minha sobrinha, Faby, de sete aninhos, diz:


- Oba, tia! Você vai dormir no meu quarto? Posso ler uma estorinha antes de você dormir?


É um momento como esse, único, que a gente vive anos para um dia ouvir com tanta emoção. Agora ela aprendeu a ler, se empolga, gosta de ler muitas estórias, e sobretudo, está retribuindo o carinho que recebeu da mãe e do pai de lhe contar estorinhas antes de dormir, querendo ler para mim. Puxa! Fiquei muito feliz, não sei nem descrever o quanto.


Além da estorinha que ela leu, que foi muito empolgante e, sim, eu ouvi até o final, ela ainda me deu outro presente de carinho:


- Tia, quer dormir junto com o meu porquinho de pelúcia? - trata-se de um lindo porquinho de pelúcia cor-de-rosa, todo gordo e redondinho, na verdade eu já tinha visto esse bichinho e já tinha me encantado com ele.


- Tia, pode dormir com ele junto. E se você ficar com dor nas pernas, pode colocar o porquinho embaixo deles, assim, ó... - demonstrando como ela faz de botar os pezinhos sobre o bichinho de pelúcia.


Como toda tia babona, pensei: ela é muito carinhosa, muito afetuosa, querendo compartilhar com todos ao redor, tudo o que lhe apraz. Fico tão orgulhosa dela... e a baba não pára de escorrer.


Te amo muito, Faby! Feliz 2008 prá você! Espero que em 2008 a gente possa ouvir mais e mais estorinhas que você irá narrar antes de a gente ir dormir.

quinta-feira, agosto 30, 2007

Obrigada Papai do Céu!!! Agora minha sobrina virou são-paulina, êeeeee!!!!!!

Gente, essa coisinha fofa da titia, na foto ao lado, cresceu com personalidade forte e marcante e desde muito tenra idade insistia em querer torcer para o Corinthians. Depois, inventou que torceria para o Santos... Suspeito eu que era tudo pra provocar (no bom sentido) meu irmão, o pai dela, que é são-paulino, assim como todos nós... eu, minhas irmãs, meu pai, os tios dela da parte da mãe... enfim... No fundo, tínhamos a esperança de que criança nessa idade acaba logo mudando de idéia... (Claro que incentivamos sempre a arrebanhá-la para a nossa torcida, sim...)



Qual não foi minha grata surpresa, quando na semana passada, ela anunciou:

- Tia Bete, sabia que agora eu torço pro São Paulo?

Eu, louca de alegria pela boa notícia, vibrei!!!!

- Jura??? Que maravilhaaaaaaaaaaaaaa!!!! E seu pai? Você já contou pra ele?

- Eu já. Ele ficou tão feliz que me levantou lá em cima!

- Aiaiaiaai........ finalmente, agora você vai ser tricapeã mundial!!!!


Ela, séria, interpela:

- Mas, tia, sabe por que que eu decidi escolher o São Paulo?
- Por que?
- Porque o Santos, o símbolo é assim.. um peixe, ne... E o São Paulo, é um "deus" de barba branca... Por isso eu prefiro o São Paulo!
Aquilo me surpreendeu. Me arrepiei, me comovi. Nunca imaginei que uma criança de seis anos de idade pensaria numa coisa dessas para escolher um time de futebol. Fiquei muito muito feliz e orgulhosa, como sempre... uma tia bem coruja!


segunda-feira, agosto 27, 2007

Saber lidar com a efemeridade e a transitoriedade... é ser feliz!!!



Saber lidar com a efemeridade e a transitoriedade... é ser feliz!!!
Assim pensei eu enquanto divagava sobre as coisas da vida, as coisas mundanas, o que temos, quem somos, quem temos, o que somos...
Olhe para estas lindas flores coloridas do Jardim Botânico, alinhadas, coloridas, perfeitas para a minha foto naquela manhã ensolarada e de temperatura agradável e amena. Mas o que garante que elas estarão tão igualmente lindas numa outra manhã? Numa outra estação? Num dia nublado? E no ano que vem, estarão as flores iguais, com as mesmas cores? Nascerão do mesmo tamanho?
Para todas estas questões, de nada sabemos ou temos como prever ou antever. Assim é a vida. Que certeza temos sobre o amanhã ou os próximos cinco minutos? Você estuda, se forma e quando arruma o "emprego sonhado" percebe que não tem talento ou que não era bem como pensava ser. Casa-se com a mais bela garota da cidade e, com o passar dos anos, não mais sente o mesmo amor que no início. Ganha muito dinheiro na Mega-Sena e não sabe se sua esposa mandará um capanga matá-lo para herdar tudo. Tem filhos lindos com o homem que você mais ama, que depois não quer te dar pensão, vão brigar na Justiça e o que era para ser um romance com final-feliz vira um quebra-pau litigioso nos tribunais. Não, não pretendo soar trágica. Mas essas coisinhas mundanas me fazem pensar que na vida nada é certo. NADA.
Então, aqui começa minha filosofia de vida. Se nada é certo, então é sábio quem souber lidar com os imprevistos, os tropeços, as surpresas (as boas e as más), enfim tudo o que couber entre efemeridade e transitoriedade... porque sim, na vida, tudo é passageiro... (principalmente para quem trabalha num aeroporto...) O ser humano é avesso a mudanças, ele geralmente quer ter certeza de que dará certo e se der, quer que aquilo permaneça para sempre. Tem medo do desconhecido, da incerteza, da instabilidade. Todos somos assim mesmo, nao? Sofremos se há ameaça de que o que está estabelecido vai ruir. Mas qual é a certeza de que se estará vivo amanhã ou daqui a vinte e cinco anos?
Então já que não podemos garantir que estaremos vivos até daqui a 60 anos... (sim, porque eu adoraria viver pelo menos até os cem... igualzinho meu avô... que já tem 97) então o jeito é ser feliz todos os dias, certo? E por que não, poder ser feliz com o que se tem, com o que se é, com as pessoas que se conhece, e com o trabalho que se consegue fazer com prazer, no momento presente? Por que não se pode ser feliz sabendo compreender a realidade e lutando para aceitar as coisas como elas são com lucidez? A compreensão sobre as coisas e sobre as pessoas é o que nos conduz ao ponto-de-vista das coisas. E do ponto-de-vista depende a felicidade. Só do nosso próprio modo de ver a vida.
E a sabedoria de buscar a felicidade reside em poder ser feliz sabendo lidar com as incertezas, as possibilidades, os incidentes, a efemeridade e a transitoriedade. Sei que nunca estamos preparados para o que não queremos, que é a quebra da continuidade, mas... sendo inevitável, por que não aprendemos a lidar com elas?

sexta-feira, março 30, 2007

No metrô...

Certo dia da semana passada eu estava indo trabalhar e viajava no metrô. Na estação Santa Cecília entrou um japonês idoso que sentou-se no assento cinza, o reservado aos passageiros com necessidades especiais. O japonês era franzino, curvado, tímido, andava vagarosamente de bengala. Na próxima estação, República, adentrou um outro idoso, ocidental, um tipo italiano, bem alto, usava óculos e era bem humorado, que chegou anunciando: "quero sentar nesse assento reservado aí só pra fazer amizade com quem já está sentado!"
Viu o japonês, sentou-se ao seu lado e começou:
-Kon´nichi-wa, ogenki-desuka? - perguntou
-Hai, domo. - respondeu o japonês afirmativamente, e continuou...
-Kyoo, atsui-desune.
-Hai, sugoku atsui-desune.
Eu estava sentada na janela oposta, mas ao ouvir aquela conversação e presenciar aquela cena tão inusitada, me enchi de interesse e comecei a acompanhar a conversa com olhos curiosos. Percebendo isso, o idoso alto, sorriu para mim e disparou:
-Nihongo, wakarimasuka?
Não respondi nada, apenas lhe sorri afirmativamente.
E ele continuou todo o seu colóquio, falando de tempo, da cidade, do metrô que andava lotado e que as pessoas não lhes cediam mais assentos. Chegou a Estação Sé e ambos iam descer. O idoso mais alto, saiu andando primeiro, logo parou e aguardou o outro, que o seguia vagarosamente, pois sua bengala o impedia de andar mais rápido. Eu acompanhava tudo olhando-os saírem do vagão, um esperou pelo outro num sinal de "vamos descer pela escada rolante juntos?"
Achei lindo! Foi uma cena singela, porém cheia de vida, de amizade, de companheirismo. O trem partiu e na minha viagem mental pus-me a pensar que quando chegamos naquela idade avançada, o que deve valer na vida senão viver da melhor maneira todos os pequenos instantes, seja conversando com estranhos, seja sendo solidário e companheiro, pois a contagem regressiva da vida nos dá a sensação de que só temos mais aquele tempinho incerto para curtir.
Ver ambos descerem rumo à escada rolante para fazerem a baldeação juntos no meio desse formigueiro desorganizado e neurótico que é a Estação Sé, foi algo tão humanamente inusitado, que ficou ecoando na minha memória por dias...

sábado, março 10, 2007

Domingo à tarde de sol... de volta à "livre terra querida"

Sentada de costas para o tráfego, naqueles bancos que ficam virados para trás, eu chegava a Santo André ("livre terra querida", como diz o hino) no último domingo, dia 4/3/7, para passar um domingo à tarde com meus pais e meus irmãos. Saudade disso!

Percebi então que aquela paisagem, vista daquele ponto de vista, eu nunca houvera visto antes. E gostei. Era diferente de tudo o que eu me lembrava da minha adolescência vivida lá. Estranho isso, não?

Então um filme muito louco passou pela minha cabeça. Memórias desse tempo: do ginásio, do colégio (de como eu adorava estudar mas detestava ir à escola e ter que me socializar e ter dificuldade nisso...); da pressão para passar de ano com notas altas; da vontade que tinha de poder namorar logo, coisa que meu pai só me permitiria após o término do colégio (e eu cumpri suas ordens... tendo, por isso, vivido somente grandes amores platônicos naquele cenário natal); enfim, um emaranhado de memórias e sentimentos vieram à tona, de súbito.

Mas que interessante! Eu vi tudo isso passar e pensei: como sou tão feliz!? Como estou tão feliz! Eu realmente não me ressinto de nada, adoro passear pela velha cidade natal num domingo à tarde de sol, com memórias tão distantes quanto carinhosas...

Aaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhnnnnnnnnnnn

Que alívio! Me sinto tãaao beeeeem!

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terça-feira, fevereiro 13, 2007

Netinha da Véia, por um dia!

Nem sei por onde começar.

Primeiro, devo contar que se trata de rádio, portanto, algo que é minha paixão eterna. Depois, que a Rádio Energia 97,7Mhz (São Paulo) www.97fm.com.br tem um programa diário matinal, chamado Energia na Véia (não é veia, e sim véia) em que se tocam músicas "véias"... ou seja, o melhor do flash back, dos anos 70, 80, 90. No mesmo programa, tem a adorável personagem da "Véia" que é maravilhosa, hilária... "seu vagabuuuuundooo!" e faz charadinhas remetendo a temas desses tempos remotos. Seu apresentador oficial, é Silvio Ribeiro, um locutor tão amável quanto carismático, que é ídolo-mor, talento nota mil, alegria contagiante, que fala com os ouvintes, que ri junto com eles, que lembra de tudo "daqueles tempos"... manja das músicas... ah, sim! e o que é mais sensacional é o poder imagético do programa, Silvio é mestre! É programa imperdível. Eu já fui visitar o programa várias vezes desde os tempos em que estudava Radialismo no Senac, quando consegui mandar e-mail para a rádio e descobri o quanto eles (o Silvio, o Domênico Gatto, o pessoal da produção, todo o staff da Rádio Energia) eram receptivos com os alunos de radialismo e o mais legal: com os ouvintes! Eles aceitam ouvintes que enviam e-mails pedindo para serem "Netinho(a) da Véia", participando ao vivo, comentando as memórias dos "véios" tempos.

E, na segunda metade de janeiro de 2007, entrei em férias. Me ocorreu a idéia de visitar o programa de novo. No dia em que tive a idéia, mandei um e-mail para o Beto Keller que estava substituindo o Silvio Ribeiro, que estaria de férias até o final de janeiro. Beto Keller, sim! Ele que faz diariamente o noturno Night Sessions e Clubtronic (das 20:30 às 23:00) na Energia. O mesmo Beto Keller da Nova FM, da Transamérica, da Pool FM, et cetera... e dos tempos do Voyage Dance (TV Gazeta), quem não lembra? A verdadeira lenda viva do rádio, um ícone, um mito, um monstro sagrado do radialismo!! ("Vão pensar que sou velho!" disse-me quando o chamei assim. Nãaaaao, geeente, ele é novinho... é que o Beto Keller começou no rádio ainda criancinha, viu!)

Mandei e-mail e recebi resposta positiva para visitar. Só faltava marcar o dia. Eis que na terça, dia 30/1, ele anuncia no programa o meu nome, divulgando que eu estaria lá no programa da quarta participando como Netinha da Véia. Eu quase caí pra trás. Será?? Pensei logo que era uma Pegadinha do Faustão, do Mallandro, mas meus amigos que também ouviram o programa ligavam para perguntar se eu ia mesmo participar na quarta. Não acreditei! Então era verdade mesmo??

De terça para quarta, dia 31 de janeiro. Meu último dia de férias do trabalho. Talvez o mais feliz. Estava tão radiante e ansiosa que nem conseguia dormir direito. Me revirava. Imaginava... sorria... Era uma criancinha feliz às vésperas de ir conhecer Mickey na Disney.

Quarta cedo. Madruguei. Às 5 levantei. Antes das 6 já tomava o ônibus em direção à Paulista. Desci numa confeitaria, passei para pegar uns quitutes quentinhos... (que eu sei que os locutores da Energia adoram que levemos quando vamos visitá-los... quituites e guloseimas!)

6:40. Portaria do prédio 1439 da Av. Paulista. Aguardava pelo Beto Keller para subir. Lá vem ele. Nossa! Como eu me sentia perto de uma lenda viva? Belisquei o braço. Doeu! Primeira pergunta, só pra confirmar: - Então, é mesmo verdade que vou ser a Netinha da Véia?

Era verdade. Aí "aquela" dorzinha de barriga, umas ondas de calor e frio, de calafrio começam a tomar conta de mim. Desacreditei. Quase desmaiei. Que privilégio era poder ser uma ouvinte daquele programa, naquele dia, tão pertinho de um graaaande ídolo que juntamente com ícones como Domênico Gatto, Bob Floriano, Serginho Leite, Djalma Jorge, Beto Rivera, Emilio Surita...e muitos outros vieram e vêm construindo a história do radialismo.

Ali eu era só emoção. Nervosismo. Tremedeira. Nem sei o que eu falei. Eu soube o que era ser a criatura mais feliz do mundo. Conhecer Mickey de pertinho na Disneylandia. Sonho de toda criança. Sonho de todo adulto.

Sobre o programa, o tema do dia foi

"Desenhos animados que mais marcaram", um prato cheio, quem de nós não tem memória de desenho animado? Ouvintes ligavam, animados como sempre, o Beto colocava algumas trilhas de desenhos antigos marcantes. Também relembrava com detalhes os velhos tempos de danceterias dos anos 80 e 90, contando estórias encantadoras. Chegavam mais ouvintes no estúdio para assistirem ao programa. Depois chegou o Dj Wagnão, que fez uma homenagem ao Beto Keller com um medley de 50 músicas sensacionais dos anos 90. Aquilo tudo era inacreditável! Sensacional! Inesquecível! Eu era nervosismo e felicidade num corpo só. Confiram com seus próprios ouvidos. http://www.mediafire.com/?7imtmz5mytz (link para baixar o programa gravado por Alex Tetra da Silva; basta clicar em "Click Here for Download") E sentirão o que estou descrevendo até aqui.

Mas... para refletir: qual é o sentido disso que aprendemos adorar e chamar de "ídolos"? Para mim, são pessoas que fazem algo maravilhoso, trazem alegria, bem-estar com o trabalho executado de forma diferenciada e sublime, têm talento nato especial, destacam-se na multidão por terem algo a dizer, por serem inteligentes, por saberem comunicar seu conteúdo, e o bem mais precioso enquanto seres humanos: aqueles com quem queremos aprender nem que seja um milésimo de tudo o que eles conhecem, pensam e fazem. E destes, os que nos permitem chegar pertinho, ver de perto o trabalho, que nos ensinam, que nos contam estórias, que nos fazem perceber que nunca devemos desistir dos nossos grandes sonhos, são os que a gente nunca esquece. Ficam perpetuados. Ficam perpetuados os sonhos, as estórias, as lutas vindouras, os momentos de risos, e eles, os seres humanos atrás dos ídolos e personagens.
Eu não poderia passar essa vida sem agradecer os céus, aos anjos, às energias cósmicas, à Enegia 97, por um dia de Netinha da Véia. (Foi talvez um dos momentos mais marcantes desde quando aos 10 anos, meu avô me levou à Rádio Jovem Pan 2 para buscar um LP que ganhei de sorteio... Ali vi uma rádio por trás dos vidros, que aguçou a curiosidade e a admiração de uma criança que viveria a vida perseguindo as emoções e as boas companhias das rádios!)

E Obrigada, Beto Keller!


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O Metrô - Linha LILÁS

Dia desses, voltando da zona sul, Interlagos, perguntei ao motorista do ônibus se ele passaria próximo a alguma estação de trem, possivelmente Jurubatuba, Santo Amaro, para que eu pudesse seguir para casa de trem, naquele final de tarde de trânsito bem tipicamente infernal. O cobrador disse: "Ah, dona, tem o metrô, a senhora desce no metrô!"

Imediatamente, pergunto: - Metrô? Que metrô? Nãoooo... quero pegar trem! Quero pegar o de subúrbio!

Ele: -Então, a senhora pega o Metrô e depois o trem.

Eu: (já impaciente e rude) - Que metrô? Por acaso esse ônibus tá escrito que só vai até o Terminal Santo Amaro e onde que ele vai passar por algum metrô??

O cobrador olhou para o motorista, que finalizou: - Bom, é... tá certo, é isso mesmo. A senhora vai pegar o trem mesmo...

Poucos instantes depois, eis que o ponto final se aproxima, é terminal de ônibus de Santo Amaro. A porta se abre e o cobrador diz: - Pronto. A senhora toma o "trem" aqui.

Pasmem. Ali era a entrada do Metrô Largo Treze. Cor lilás. Tudo moderno, novo. Meus olhos se recusavam a acreditar. Tive que fotografar.

Então a minha ignorância e alienação me impediram de saber que havia uma "Linha Lilás" do Metrô em São Paulo. Ela interliga Largo Treze ao Capão Redondo.

Estações novas, bem novinhas, que nem tinha papel caído no chão. Trens mais modernos, mais silenciosos. Estofamento e acabamento interno dos vagões mais luxuosos, com bancos de tecido de veludo.

Aí subi na estação Largo Treze e desci na estação Santo Amaro, onde eu fiz baldeação para o trem. A estação Santo Amaro fica exatamente sobre o Rio Pinheiros. A estação está construída no meio de uma ponte suspensa. Ela é toda fechada com vidros, claro, afinal, se fosse aerada, o cheiro do Rio dizimaria os usuários. Bem construído. Um pouco medonho para os claustrofóbicos e para os que têm vertigem de altura. Como eu. Mas não me abalei.



Fiquei tão abobada que não me contentava em contemplar. Fotografava ali e acolá com o meu celular. Como eu não sabia da existência de tudo aquilo?? Santa ignorância, Batman!

Mas o pior de tudo, hein: a forma rude como tratei o cobrador, que insistia em dizer que eu ia pegar o "Metrô" e eu rebatendo, sem de nada saber... ai, que coisa feeeeeiaaa... Que vergonha. Isso merece um pedido meu de desculpas em público (no caso, aqui... neste espaço cibernético, ne, gente... como vou achar o cara??) ao cobrador e o motorista que estavam dizendo a verdade. E me ajudando, afinal!

Alguém de vocês sabia da existência da Linha Lilás? Ah, é? E nem me contou??!! rsrs

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quarta-feira, janeiro 24, 2007

Curso de Palhaço

Geeeeeeenteee!!!
Vocês não vão acreditar... Foi a coisa mais surreal que descobri nesse início de ano...
Indo para minha "Santo André, livre terra querida..." (como diz o hino da cidade), ia eu divagando na maionese... quando o ônibus pára num ponto da Aveninda Dom Pedro II, bem na altura do Parque Duque de Caxias, e para minha surpresa... há, em frente desse ponto, um sobradinho que ensina cursos de artes... e leio... curso de teatro, música, dança... e... Curso de Palhaço!! kkkkkkkkkkkkkkk
Fiquei pasma.
Então até aqui, eu que adoro circos e palhaços, e tais, pensava que para ser palhaço bastava nascer com esse talento, e ser naturalmente engraçado, ter o "timing" da piada, ser caricato, rir alto do nada... tudo naturalmente... E que vestir os trajes e criar o personagem lá no picadeiro era só uma conseqüência desse talento natural. Então quer dizer que tem "Curso de Palhaço", é?
Olha... eu ainda não acredito. Mas por via das dúvidas, vou passar lá de novo e tirar uma foto da publicidade. Assim, registrá-lo-ei aqui mesmo...
Aguardem! E até lá... me digam... vocês sabiam da existência de cursos de palhaço????
um beijo gargalhado!!
kkkkkkkkkkk

domingo, dezembro 31, 2006

Fim de Ano 2006: Resultado do Balanço? Excelente!!!

Dia 30 de dezembro de 2006. Desci do ônibus e voltei caminhando sob a fina (mas molhada) chuva. Cobri-me com o capuz da jaqueta e talvez devesse até abrir o guarda-chuva. Mas eu não quis. Não era tanto por preguiça... ou era...? Não. Eu queria mesmo era me deixar tomar a chuvinha. Queria lavar a alma, esquecer as rusgas, as arestas mal-aparadas, os amores não-correspondidos, as implicâncias. Mas ao mesmo tempo queria que a chuva me molhasse com os sentimentos agradáveis e refrescantes de tudo o que foi de melhor.

Apenas duas quadras de caminhada me fizeram passar um filme do meu ano de 2006. Ano em que eu me formei locutora e ganhei um registro profissional na Carteira de Trabalho. Parece até besteira, mas ver um sonho sendo estampado... não tem preço! Agora é continuar a perseguir o sonho que apenas começou... Conheci rádio nos bastidores. Estagiei numa, visitei tantas outras... E passei a admirar ainda mais esse veículo de comunicação, ao conhecer os donos das vozes, meus ídolos e companheiros do dia-a-dia, deles, dos locutores que permitimos freqüentar nossa casa enquanto tomamos café, nos trocamos pra ir trabalhar, nos trazem informação, entretenimento e muito conforto pela companhia. Saber que tais vozes têm corpo e alma, saber que têm sonhos e imaginações, que transmitem alegria por sentirem prazer na performance da profissão escolhida por amor, é sobretudo muito fascinante, pois os ídolos não são meras figuras abstratas, têm data de nascimento, vão ao toilet para necessidades fisiológicas, têm dores de cabeça, choram e vivem a vida... São seres humanos! Os que a gente mais admira! Obrigada ao Ricardo Sam e Nilson Nil (http://www.radiofenix.net/), que me deram a oportunidade de começar do zero e conhecer uma rádio por dentro. Agradeço à Ana Martins (http://www.mixfm.net/), que me ensinou tanto de tantas coisas... à Sarah Regina(http://www.sarahregina.com.br/), que reencontrei após uma década, graças ao rádio, e que sempre me dá incessante apoio. Miriam Ramos, Fernando Gomes e Deborah Ízola, mestres-mor. Obrigada também a tantos outros comunicadores que eu tanto admiro e me permitiram conhecer seus trabalhos de tão perto, fazendo tudo com tanto amor e dedicação: Sombra, Domênico Gatto, Silvio Ribeiro, Rogério Morgado, Monika Leão, Beto Keller, Dimy, Benjamin Back, RG02, Portuga, Mano e Mano Cover, Cláudio Motta, Bá, Aline, Harley... profissionais cativantes(http://www.97fm.com.br/) mostrando seu trabalho de perto, de braços bem abertos. Foi sublime 2006! Amei poder chegar tão perto do rádio.

2006. Ano em que conheci Victor Meirelles. Escritor, colunista, designer gráfico, analista de sistemas, etc, etc, um multimídia por excelência, de quem virei fã ao visitar sua coluna semanal (http://www.clicerechim.com.br/colunistas-victor-meirelles.htm). Lá, ele faz um colunismo bem humorado, com textos bem elaborados, fotos criativas, tiradas que trazem uma presença de espírito fabulosa, e com temas tão recorrentes quanto polêmicos, e opiniões claras, contundentes, autênticas. Sua coluna tornou-se ponto de referência para minhas reflexões! Virou meu ídolo! Com nossos longos e incessantes colóquios e articuladas deliberações, ganhei diferentes visões de mundo, constatei muitos outros em comum, ganhei músicas novas em meu repertório, dei boas gargalhadas sobre outras tantas excentricidades mundanas, mas sobretudo conheci um ídolo com alma, que tem sensibilidade, que vive os sentimentos humanos de forma única, autêntica, uma pessoa feliz e que irradia felicidade aos que lhe cercam. Isso tudo fica transparente em seus textos... únicos, inteligentes, brilhantes, cativantes! E pasmem: escreveu sobre mim. Tão inesperado quanto surpreendente. Nunca pensei que ele me enxergasse assim... (coluna de 30/12/2006). (Vick exagerou!) Mas feliz foi pouco. Me senti lisonjeada... embriagada... lia e relia por não acreditar: "euzinha", na página de meu ídolo! (Arrasei)

Melhoria significante: passei a verdadeiramente impor limites. Me surpreendi como cheguei longe. Arranjei umas farpas aqui e acolá com gente querida, próxima, e amada, em nome de fazer-me entender até onde vai o limite de outrem para comigo. Isso se faz necessário, sob pena de, pela cerimônia, ficarmos calados, ruminando o amargor de uma ofensa, e decididamente não levo mais desaforo pra casa e nem quero ter câncer no futuro. Isso mesmo! Impor limites é crucial para a convivência pacífica em sociedade humana. Respeito. É bom. Altamente saudável e recomendável!

Coisas inesperadamente boas: recompor uma amizade ferida. Um vaso de porcelana chinesa rachado jamais será o mesmo, ainda que colando com Super-Bonder. Pode ficar esteticamente comprometido, mas poderá voltar mais firme. Perdão é bom doar, sempre que o tempo nos libertar. E quando há redenção. Por falar em redenção, amizade, lealdade... O Caçador de Pipas (The Kite Runner - Khaled Hosseini) - simplesmente eu li no final do ano, e foi muito marcante pelo seu relato tão cativante quanto realístico: talvez o melhor-livro-mais- apaixonante de todos os tempos!! Surpreendente, instigante, humano, inesquecível! Aqui, há uma história, uma estória, vários personagens, e dentre eles, certamente há aquele com o qual nos identificaremos de imediato e também oscilaremos o sentimento, querendo ser outro... Sobretudo, os sentimentos e as sensações que despertam em nós... em mim... são coisas indescritíveis. Para se ler e para se guardar para as próximas gerações.

Perdi minha avó materna. Faleceu aos 94 anos, cheia de amor pela vida. Ela, com quem passei uma noite no hospital falando de tantas coisas maravilhosas, me contou com tanto carinho e intimidade o quanto é bom ser mãe, avó e bisavó. Eu a amava. Mas pouco convivia. Entretanto, naquela noite eu aprendi que amor verdadeiro é assim, agente não precisa estar todos os dias, vendo, conversando, é algo tão transcendental que permanece ao longo da vida, e quando menos se espera, o sentimento está ali, tão sincero, simples, generoso, incondicional... No dia do enterro dela, eu soube o quanto amo minha mãe, pois vê-la sofrer a perda da própria mãe, chorando sôfrega, me fez entender o que é esse sentimento de "ser" mãe... Em 2006 eu ainda não "fui", mas aprendi muito de perto o que é "ser". Foi também após a viuvez de meu avô, hoje com 97 anos, que tive uma adorável tarde de colóquio com o próprio, que ama tanto a vida e nos contou que ficou triste com o comentário de seu médico que lhe garantiu chegar aos 100 anos tranquilamente... ele disse: "Poxa... fiquei triste... para 100 anos só me faltam 3! E passa muito rápido!" Isso é amor à vida. É ter paixão por viver.

Com tudo isso, aprendi a amar melhor. Amar meus pais e meus irmãos e poder dizer isso a eles, fazer declaração de amor. Minha sobrinha, Faby, de 6 anos, que recentemente começou a ler e a escrever, grafou em uma papeleta seu nome e telefone, e me deu: "tia, me liga! eu te amo!" Simples assim.

Tudo são flash-backs do ano que se finda, deixando um saldo muito positivo na balança. Foi um ano surpreendentemente ótimo. No final de 2005 eu desejei tudo de bom para mim, mas nem imaginei o quanto. Foi excelente! Absolutamente irrepreensível. Obrigada 2006!!

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